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TIA DE CRIANÇA AGREDIDA POR SER CANDOMBLECISTA  DESABAFA: "ACHAM QUE SÃO DEUS" / Intolerância

17 de Junho de 2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Kailane foi apedrejada por "cristãos" quando saía de uma festa de sua religião. Foto: Alexandre Vieira - Agência O Dia

 

TIA DE MENINA APEDREJADA DIZ QUE AGRESSORES "ACHAM QUE SÃO DEUS"

 

Iara Jandeiro viu sobrinha de 11 anos agredida por jovens no domingo (14).
'Nós não somos Deus para julgar. Estamos lutando contra a intolerância'.


Iara Jandeiro é candomblecista. Ela é tia de uma menina de 11 anos e testemunha da agressão sofrida pela criança, atingida por uma pedrada no domingo (14), quando saía de um culto religioso. Os autores, segundo ela, seriam dois jovens que aparentam ter 20 anos. Apesar de adepta da religião afro-brasileira, Iara faz alusão a uma frase comum aos católicos para pregar a paz entre os crentes de várias matizes.

 

"'Amai-vos uns aos outros, como vos amei', está escrito na Bíblia. Eles (os agressores) acham que são Deus, que o Deus deles é melhor que o nosso. Cada um tem sua religião, independente de ser budista, cristão, católico, candomblecista, judeu. Cada um tem que respeitar a religião do próximo. Não somos deus para julgar", diz a autônoma.

 

A família de Iara voltava para casa, quando passou a ser insultada. Uma pedra foi arremessada pelo grupo, bateu em um poste e atingiu a jovem. Após a agressão, no entanto, sua sobrinha já manifestou o medo de voltar a usar roupas daquela cor. "Não quer mais vestir roupa branca, ela está traumatizada. Vamos procurar apoio psicológico, ela tem só 11 anos", revela. Na internet, eles fazem uma campanha intitulada "Eu visto branco. Branco da paz. Sou do candomblé. E você".

 

O caso foi registrado como lesão corporal e no artigo 20, da Lei 7716 (praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional) na 38º DP (Irajá).

 

De acordo com a unidade policial, parentes prestaram depoimento. A menor de 11 anos foi ouvida e encaminhada a exame de corpo de delito. Os agentes realizam diligências para localizar imagens e testemunhas que possam auxiliar na identificação da autoria do crime.

 

Fonte: Globo.com

 

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