top of page

FIÉIS PROTESTAM CONTRA INTOLERÂNCIA /

Intolerância

21 de Junho de 2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Protesto contou com a presença de católicos, espíritas e também evangélicos. Foto:  Carlos Moraes - Agência O Dia

 

PESSOAS DE DIFERENTES RELIGIÕES SE REUNIRAM PARA PROTESTAR CONTRA A VIOLÊNCIA

 

Fiéis das mais diferentes religiões se reuniram no largo do Bicão, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, para protestar contra a intolerância religiosa, no fim da manhã deste domingo. Cerca de 1500 pessoas entre evangélicos, judeus, católicos, umbandistas e candomblecistas como a menina Kailane Campos, de 11 anos, atingida por uma pedra há uma semana na região, pediram paz e respeito pelas religiões com cartazes, bíblias e cantos. O grupo seguiu em caminhada até o local onde a menina sofreu a agressão, na Avenida Meriti.

 

— A gente não estava esperando que todos os seguimentos religiosos estivessem aqui hoje. São pastores, padres, são judeus, messiânicos. Isso que aconteceu com minha neta foi para provar que todos nós somos iguais, cada uma na sua fé. Eu respeito todo mundo e exijo que respeitem a minha religião — disse a avó de Kailane, Kátia Marinho, de 53 anos. — Não é possível que esses prédios em volta não tenham câmeras de segurança para ajudar a identificar essas pessoas - apelou.

 

A menina, cuja mãe, a enfermeira Karina Coelho, segue a religião evangélica, pediu que seus agressores cessassem com a intolerância.

 

— Eu diria: "Parem! O que vocês fizeram não é maneiro" — disse Kailane, que completou: - Eu não tenho que perdoar eles, pois quem tem que fazer isso é meu Pai Oxalá.

 

Interlocutor da comissão de intolerância religiosa, o Babalaô Ivanir dos Santos, pediu que os criminosos fossem identificados e punidos:

 

— Além disso, é preciso descobrir a que igreja eles pertencem e qual doutrina está sendo ensinada para eles. Ninguém manda apedrejar o outro formalmente, mas um destemperado pode cometer um ato desses.

 

Não é só chegar nos autores. É preciso descobrir que igreja eles pertencem e que doutrina está sendo ensinada para eles. Ninguém manda apedrejar ninguém formalmente, mas um destemperado pode cometer um ato desses.

 

Em seu discurso, Pastora Lusmaria, do Conselho de Igrejas Cristãs do Rio de Janeiro (CONIC), destacou que os agressores não agiram como cristãos:

 

— A violência destes homens é repugnante e não tem semelhança com o comportamento de cristãos. É um comportamento criminoso e deve ser tratado com tal.


 

Pastor suspendeu culto


 

O pastor João Melo, da igreja Batista de Vila da Penha, suspendeu o culto que aconteceria nesta manhã para que os fiéis comparecessem ao protesto contra a intolerância religiosa. No ato, o pastor pediu que os seguidores da religião levantassem suas bíblias e cantassem um louvor.

 

— Kailane me procurou e perguntou se eu podia dar algum tipo de apoio. Numa situação dessas, Jesus não ficaria entre quatro paredes. Qualquer ato de violência é inadmissível e não temos que tolerar. Nenhuma diferença pode ser maior do que os seres humanos - contou o religioso.


 

Fonte: Jornal Extra

 

LEIA MAIS:

- Criança é atacada por supostos evangélicos em saída de culto afro

- "Acham que são Deus", diz tia de criança apedrejada

- Criança agredida Kailane Campos se encontra com o Arcebispo Dom Orani

- Líderes religiosos repudiam violência contra a menina Kailane Campos

- Violência religiosa no Brasil

- O fundamentalismo cristão

 

 

bottom of page