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UMA CASA EM CHAMAS / O desmonte da UMESP

 

Altierez dos Santos

Escritor e pesquisador de

Novos Movimentos Religiosos

na Universidade

Metodista de São Paulo

 

26 de Dezembro de 2017

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Imagine a seguinte cena: uma pessoa ateia fogo à própria casa e quando ela começa a queimar, ele explica aos perplexos que era preciso fazer a casa virar cinzas para poder reformá-la...

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É o que está acontecendo na Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, casa da qual o Observatório da Violência Religiosa faz parte com muito orgulho enquanto Grupo de Pesquisas de um PPG conceituado. Infelizmente ela está sendo tragada pela onda do sucateamento.

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Nos últimos dias nossa comunidade acadêmica foi pega de surpresa com a notícia de demissões inexplicáveis de professoras e professores de renome internacional, como Jean Lauand, Rui de Souza Jogrilsberg, José Faro, Magali Cunha e Cláudio Ribeiro, entre muitos outros.

 

Além do anúncio da redução das horas dedicadas à pesquisa. Essas medidas de sucateamento não estão acontecendo porque a instituição está passando por dificuldades financeiras, mas por uma estratégia mal administrada por um órgão criado para salvar as outras instituições educacionais metodistas. As reformas do governo Temer tornaram possível tais arbitrariedades. A consequência mais direta é que toda uma antiga tradição de pesquisa e pioneirismo ficarão o sabor do vento, sem possibilidade de continuidade com a mesma qualidade.

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Infelizmente atitudes semelhantes estão sendo tomadas por grandes universidades particulares, que, com a permissão na forma da Lei, agora dispensam professores e professoras considerados "dispendiosos". Não se olha para a grande contribuição gerada pelas pesquisas e não se olha a trajetória profissional impecável. Também não se percebe que isso irá nivelar a pesquisa da academia científica brasileira ao rés do chão.

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Nossa comunidade acadêmica está indignada com a forma desrespeitosa com que esse processo está sendo conduzido, mas também está perplexa porque tudo está acontecendo com o propósito de quebrar a qualidade da instituição. Lamentável, mas será a queda de um dos mais importantes e históricos centros de produção de conhecimento, cultura e tecnologia do País.

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Fica aqui nosso protesto e nossa indignação.

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